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“Dependência e Co-dependência Química”, de autoria de Superdotado Álaze
Gabriel.
Disponível
em http://www.dependenciaecodependencia.blogspot.com.br/
DROGADIÇÃO
Drogadição ou Toxicodependência é termo genérico criado para conter toda e
qualquer modalidade de vício bioquímico por parte de um ser humano ou a alguma droga (substância
química) ou à superveniente interação entre drogas (substâncias
químicas), causada ou precipitada por complexo de fatores genéticos,
bio-farmacológicos e sociais, incluídos os econômico-políticos.
GÊNESE
Considera-se, no domínio das
ciências médicas conjugadas com as ciências sociopolíticas, ser
"drogadição" o termo preferível para referir quer a dependência,
quer a farmacodependência, quer a toxicomania,
na hipótese de se poder inferir aí uma gradação, o que usualmente acontece, na
maioria dos casos [1].
Com efeito, sob a óptica de inclusão versus exclusão social, falar em drogadição
é politicamente (lato sensu) preferível a citar diretamente alguma das
modalidades. E, numa compreensão diagnóstica generalista, qualquer investigação
clínica começa pelos aspectos gerais, definindo-se, na seqüência,
especificidades.
Conquanto às vezes se proponha
drogadição como "apenas desordem crônica" (a cultura científico-médica
inglesa, por exemplo, é defensora e partidária desse entendimento), não é
menos verdade, todavia, na prática clínica e na constatação médico-social, que
drogadição pode manifestar-se em episódios agudos, os quais, na sequencia de
evolução dos casos, eventualmente podem vir a tornar-se crônicos. [2]
TERMINOLOGIA E USO
Drogadição significa adição a
drogas, conforme o Dicionário Aurélio século XXI. Sua etimologia tem a seguinte
explicação: "Adicto, do latim addictu, é um adjetivo, que
significa:
1.
Afeiçoado, dedicado, apegado.
2.
Adjunto, adstrito, dependente.
3.
Em medicina é quem não
consegue abandonar um hábito nocivo, mormente de álcool e drogas, por motivos
fisiológicos ou psicológicos.
Constata-se, no estudo de
comportamentos relacionados à drogadição, que todas as acepções acima descritas
são-lhe aplicáveis, de forma conjunta e sinérgica.
ADIÇÃO E DROGADIÇÃO: FORMAS
Adição psíquica
Adição psíquica refere-se à
necessidade de usar certa droga para obter alívio das tensões, sensação de bem
estar. Caracteriza-se por fenômenos cognitivos, com busca recorrente pelos
efeitos iniciais do uso. Adição psíquica (ou dependência psicológica)
normalmente age no cérebro e produz um ou mais dos efeitos: redução da
ansiedade e a tensão; euforia ou outras mudanças agradáveis do humor; impressão
de aumento da capacidade mental e física e alterações da percepção sensorial
sobre a própria dependência química em ação na pessoa.
Os sintomas mais comuns são a
ansiedade, a sensação de vazio, as dificuldades de concentração, os quais,
contudo, podem variar em extensa gradação, na intensidade e no tipo, de pessoa
para pessoa.
Dependência física
Dependência física é um estado
de adaptação do corpo a uma droga, que suscita distúrbios físicos se o uso da
droga é interrompido. Significa uma perda de controle sobre o uso da
substância, criando um estado chamado de craving (em tradução livre —
"ânsia"). A influência do tempo de uso da droga no usuário depende de
vários fatores: forma de uso, compleição física do indivíduo, bem como sua
carga genética.
O uso de uma droga em
quantidades e freqüências elevadas faz o organismo criar, por homeostase,
meios de defesa , causando adaptação tal à droga que, na falta, funciona mal. É
a síndrome de abstinência. [3]
Toxicomania
Toxicomania (do grego transliteradotoxikon = "veneno" + mania
= "loucura") caracteriza-se pelo uso excessivo e repetido de uma ou
mais drogas (como analgésicos
e psicotrópicos)
sem efetiva necessidade ou justificação terapêutica. Segundo a Organização Mundial da Saúde a
"definição estrita da toxicomania" compreende os quatro elementos
seguintes: (1) um compulsão de consumir o produto; (2) uma tendência de
aumentar as doses; (3) uma dependência psicológica e/ou física do(s) produto(s);
(4) o surgimento de conseqüências nefastas sobre a vida cotidiana da pessoa
(emotivas, sociais, econômicas etc.). [4]
Base neurobiológica
A base neurobiológica
responsável pelo desenvolvimento da dependência de drogas é o Sistema de Recompensa do Sistema Nervoso
Central. No sistema límbico (área relacionada ao comportamento
emocional), acha-se uma área relacionada à sensação de prazer, chamada circuito
de recompensa cerebral. Estudos com animais demonstram que estímulos elétricos
nestas regiões provocam sensações de prazer e levam as repetidas tentativas de
estimulação. Todas as drogas de abuso, direta ou indiretamente, atuam no
circuito de recompensa cerebral, podendo levar o usuário a buscar repetidamente
essa sensação de prazer.
LIGAÇÕES EXTERNAS
·
L’Hôpital Marmottan Nov. 2011
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
·
C. J. S.
Severiano, I. I. Barcelos, J.G. Morais, N.S.G. Folly, U.R.P. Morais. Dependência
Química: As Comunidades Terapêuticas de Reabilitação. Projeto de
Pesquisa, Faculdade Pitágoras, 2007.
·
KALINA,
E., & Kovadloff, S. Drogadição. Rio de Janeiro: Francisco
Alves, 1988.
·
TANCREDI,
F.B. As Toxicomanias do ponto de vista da Medicina e da Saúde Pública.
In Drogas e Drogados: o indivíduo, a família e a sociedade. São Paulo, EPU:
1982.